Redação

No último sábado (13), a despedida de Edilson Roberto da Silva, conhecido como Beiçada, de 52 anos, foi marcada por uma cerimônia inusitada e emocionante em Montes Claros de Goiás. O cliente habitual de um bar local foi velado no estabelecimento, ao som de pagode, conforme seu desejo de ter uma despedida alegre. A história foi contada pelo G1 e ganhou destaque por sua singularidade.

Edilson sofreu um infarto e, segundo familiares, sempre expressou o desejo de que seu velório fosse uma celebração da vida, com muita música e alegria. "O Beiçada vinha falando que quando ele morresse, queria ser velado com música, com pagode, com alegria, queria até churrasco, só que churrasco não fizemos, porque a gente ficou com medo das pessoas acharem ruim", disse um parente, que preferiu não se identificar.

A cerimônia aconteceu na área externa do bar onde Edilson gostava de frequentar. A família respeitou seu pedido, criando um ambiente de festa, mesmo em meio à tristeza da perda. "Realizamos a vontade dele, que foi colocar as músicas que ele gosta e velar com alegria. Ficamos tristes, mas a gente velou ele com a alegria que ele pediu, com música do jeito que ele queria", comentou um familiar ao G1.

A ideia de realizar o velório no bar foi de Edgar Guerra, primo de Edilson. Além de ser uma homenagem ao gosto de Beiçada, a decisão também teve motivos financeiros. "Nós não tínhamos condição financeira de comprar o caixão e pagar também um lugar para velar. Tanto que o caixão dele, quem deu foi um amigo", explicou um dos familiares.

A história de Edilson Roberto da Silva é um exemplo de como a vontade de uma pessoa pode transformar um momento de dor em uma celebração de vida, destacando o poder das despedidas personalizadas e cheias de significado.